Pessach é a celebração da liberdade, remetendo à libertação do povo judeu da escravidão no Egito liderados por Moisés e o surgimento de sua identidade como povo e nação. A palavra “Pessach” significa “passagem”, em referência ao fato de D’us ter passado sobre as casas dos hebreus durante a última praga do Egito.

A festa é comemorada por oito dias nas comunidades judaicas em todo o mundo, e, em Israel, por sete dias. A celebração começa ao entardecer do dia 14 do mês Nissan, e, pelos costumes judaicos, é proibido comer alimentos fermentados e à base de farinha de trigo, cevada, aveia, centeio e espelta, como forma de lembrar o que passaram os antepassados durante a saída do Egito.

Durante Pessach, removemos todo o fermentado destes cereais (chamado chametz) das casas antes da festa, simbolizando também a remoção do orgulho, do egoísmo e da impureza espiritual. Nas primeiras duas noites, é realizado um jantar especial chamado de seder. Nele, é narrada a história do êxodo, contando como era a escravidão e valorizando a liberdade conquistada. Nesta noite, come-se o pão ázimo (matzá) e ervas amargas (maror). Nos últimos dias da festa, é costume realizar uma refeição para marcar o fim do período e reza-se em memória de familiares mortos.

A ingestão de alimentos que sejam feitos à base de pão ou que contenham farináceos fermentados é vedada, neste período, para todos. Porém, algumas restrições se aplicam, em específico, a alguma descendência: 

  • Judeus de origem ashkenazi (descendentes de judeus provenientes da Europa Central e Europa Oriental) incluem todo o tipo de grão de leguminosas (kitniot), como o arroz, por exemplo, entre estas proibições.
  • Judeus de origem sefaradi (descendentes de judeus originários de Portugal e Espanha), por sua vez, incluem grãos (kitniot) como arroz, feijão, milho, lentilha, grão-de-bico e outras leguminosas em sua alimentação durante esse período.

Não há uma resposta definitiva, pois sua origem se perde na história. Segundo Rabi Isaac Corbeil, o S’mak, a proibição não se deve ao fato do arroz ou à lentilha serem considerados fermento (chametz), mas sim para prevenir qualquer confusão eventual entre alimentos elaborados com as leguminosas e o chametz verdadeiro. O problema se dá mais pelo fato de vários tipos destes grãos ou sementes, ao serem moídos, transformarem-se em farinha, o que torna mais difícil a sua diferenciação. Já os sefaraditas, por sua vez, seguem os ensinamentos do Rabi Joseph Caro que, em sua obra Shulchan Aruch (o século XV), declara que arroz e outros grãos podem ser consumidos.

O Colégio Israelita, como um espaço plural, nos dias letivos durante a semana da Festa, segue os procedimentos de restrição alimentar de Pessach em seu Restaurante Escolar, tendo – no horário do almoço – um bufê sem grãos, na linha ashkenazi e um bufê com grãos/leguminosas, na linha sefaradi. As famílias devem orienter seus filhos quanto à escolha do bufê. O almoço servido aos alunos da Educação Infantil segue este mesmo procedimento. 

Mesmo com estas restrições, não abrimos mão do equilíbrio nutricional, observado pelas nossas nutricionistas, como sempre.

Em sinal de respeito, solicitamos que alunos e profissionais não tragam para o Colégio lanches que contenham farináceos e pães. Estes alimentos não poderão ser ingeridos no ambiente escolar no período de Pessach.  

Como sugestão, a Matzá (pão ázimo – ou sua farinha – adquirida às vésperas da festa) pode ser consumida durante este período. Eles podem ser adquiridos em estabelecimentos como Le Chaim, Sabra, Cronks, entre outros. Ainda como substituição à farinha e fermento, sugerimos a fécula de batata.

Restrições Alimentares